ABSTRACT
Estimar a prevalencia de desordens musculoesqueleticas relacionadas ao trabalho (DMTR) em fisioterapeutas da Rede Hospitalar SUS-BH e os possiveis fatores de risco associados. Metodos: estudo transversal realizado com os fisioterapeutas da Rede Hospitalar SUS-BH, para coleta de dados foi utilizado um questionario auto-aplicavel com 31 questoes divididas em 4 partes: dados pessoais, caracteristicas profissionais, percepcao de DMRT e estrategias de prevencao. Resultados: do total de respondentes (n=213), 71 por cento relataramja ter sentido dor muscoesqueletica constante ou intermitente, com tempo de persistencia de 3 a 7 dias em 63 por cento dos casos. A coluna lombar foi apontada como area afetada pela dor em 59 por cento das queixas, seguida pela regiao cervical 55 por cento. Tratar grande numero de pacientes em um mesmo dia e levantar ou transferir pacientes dependentes foram os fatores de risco associados a ocorrencia de DMRT mais citados, estando relacionados a queixa de dor lombar (p<0,05) e trablhar em contato direto com os pacientes por mais 8 horas diarias (p<0,05). As variaveis sexo, idade, tempo de exercicio da profissao, existencia de outro emprego e realizacao de medidas preventivas nao mostraram associacao com a queixa de DMRT. Conclusao: A pratica em fisioterapia pode desencadear grande sobrecarga fisica e emocional ao profissional, podendo gerar prejuizos a sua saude. Espera-se que este estudo contribua para a construcao do perfil ocupacional dos fisioterapeutas da rede hospitalar, favorecendo a implementacao de estrategias preventivas e melhores condicoes de trabalho